domingo, outubro 17, 2010

O que é céu, o que é chão, quando não sabemos por onde andamos?
Quando as respostas chegam atrasadas e indefinidas, não há mais porque perguntar.
Contento-me com o silêncio
E o direito de explorar toda extensão de sua pele.
Tímida e mansa,
Mas, com o coração explodindo na garganta,
Afogo-me na ânsia de um grito que desmanchasse essa cena.
Espero a palavra que me traria o sossego,
Mas é cedo ainda e eu vou te amar um pouco mais.
Nunca compreendi a natureza do amor muito bem,
Mas cansei de fugir dele.
Até porque ele nunca me deixou ir muito longe.
Esse amor é um sabotador, que me amarra os pés.
E você está por trás disso tudo,
Seus olhos cheios de fome
E suas mãos que me seguram quando penso em ir embora.
Dividimos segredos, mas calamos o que sentimos.
Precisamos conversar sobre isso.
Você está por trás do meu medo,
Mas também por trás dos desejos mais desmedidos.
Por vezes te assistindo dormir, quis te cobrir com aquilo de que é feito os sonhos
E assim poder te dar a paz que tanto busca.
Nossas horas não cabem no relógio, nosso tempo agente faz.
Mas, é cedo ainda eu vou te amar um pouco mais.
Nossa história é só nossa, mas, por favor, não me deixe vagar sem direção,
Prenda-me ao seu lado, deite-me sob sua luz.
Acalma-se, deixa a vida nos assistir lá de fora
Você é o único que eu quero ver.
Mas não me roube novamente as cores, não vá para longe.
Você já me entende muito,
E isso só me faz querer você mais perto de mim.
Não regue minhas dúvidas, curemos nossas feridas.
Não podemos ser figuras desbotadas numa foto antiga
Há tanta beleza nisso que nos aproxima.
Há a chuva que persegue,
O acaso nos surpreende,
Uma colisão nos tirou a gravidade.
Mas, é cedo ainda e eu vou te amar um pouco mais
Agora minhas mãos estão nos seus cabelos e minha cintura escondida entre seus braços.
Mesmo que voltemos para casa no fim que cada dia, 
Ficaremos juntos no final.

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