sexta-feira, novembro 20, 2009

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, não consigo sair desse filme,e ele não sai de mim...
Esta fantasia surreal revestida de comédia romântica, mas que poderia ser, também, classificada como alguma forma de "ficção científica", nos prende pelo inusitado da coisa, das situações, das relações impressas no filme...
A história nos é contada de forma irregular, sendo que só vamos entender realmente o sentido de tudo do meio para o fim... quando na verdade o fim é um pedacinho do início e vice-versa...!
O mais intrigante, a meu ver, tirando o fato das próprias situações inusitadas que ocorrem no decorrer do filme, é a questão insidiosa acerca de como as coisas realmente são, com as pessoas, em termos de relações e relacionamentos...
Você realmente "apagaria" a lembrança de alguém da sua vida, se pudesse? Você gostaria de simplesmente acordar um dia sem qualquer referencial de uma "fração" de sua vida, a modo de "se poupar" de desgastes e sofrimentos - que são inerentes no processo de auto-conhecimento? E, mais teorica e aprofundadamente, será que mesmo uma pessoa, uma lembrança (ou várias) apagada de sua memória, o impediriam de ter alguma resposta emocional a lugares, situações ou até mesmo ao rever aquela pessoa que um dia te interessou e fez teu coração bater de forma diferente...??! São coisas que se pode pensar à partir do filme...
Mas Charlie Kaufman mostra em sua obra,que se existe um amor,e ele é de fato verdadeiro,por mais que se queira e tenha motivos para apagá-lo,você não consiguirá...
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiii, definitivamente,é a minha cara,engraçado,inconstante, pacional e sempre tentando esquecer...