Sabe,acho que estou meio chata...
È, ando profunda demais, cheia das reflexões e definições pessoais, sobre várias coisas que gosto, ou que me incomodam, e vários temas que de quando em quando me pego a discutir.
Se pelo menos eu fosse "sabedoura das cousas da vida", mas não passo de uma reles contestadora anônima e revolucionária preguiçosa.
Sempre costumei questionar os hábitos e comportamentos alheios, e também os meus. Mas agora já estou partindo para análises piscicológicas, como se eu estivesse com um encosto freudiano.
Me pego até diagnósticando traumas e neuras, destacando os sintomas ou sugerindo supostas causas...
Devo isso ao velho hábito de constante observação do "bicho homem", do que ele realmente é, e principalmente do que ele tenta ser.
E venho nesses dias quieta, estudando cá do meu canto os vivos, as vidas e as vivências. Atividade que afrouxam os poucos parafusos que me restam.
De fato, a pior parte é aquela que tento expressar minhas observações e ainda por cima espero ser compreendida. Pueril e frustrante utopia...
Tento inúltimente dissertar minha visão absurdamente particular, (muitas vezes surrealista),
sobre o progresso, o regresso e o atual caos da sociedade.
Partindo de mim , viajo por uma fonte farta e inesgótavel de situações e dados a serem pesquisados e questionados , e não sou muito criteriosa quanto ao tipo ou relevância do assunto em questão.
Me condiciono a argumentar, mentalmente quase sempre. As vezes escrevo, mas a maioria das minhas divagações trazem mais acidez que doçura. Não que eu me ache um "anjo de candura", mas é melhor não espalhar que tenho um lado sarcástico,muitas vezes venenoso...
Essa minha "viagem" dá mais barato do que qualquer droga sintética , logo me viciei,Talvez já tenha se tornado dependência, patologia.
e sigo indo e voltando, no mundo, nos outros e em mim...
-ilustrações de Rafael Silveira.