Escrevo porque falo pouco
Quando falo, falo sem saber
E do que falo, quase nada sinto
Do que sinto, quase nada falo
Escrevo porque sinto muito
E meu peito é pouco para caber
Se me calo, eu não minto
Há vantagens no silêncio
Mas também agonias profundas
Amores contidos e frio
Há muito frio no silêncio
Escrevo porque frio sinto
Escrevo, me esvazio e me recrio
E me aqueço no morno intervalo
Entre um silêncio e outro
bonitas palavras!
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